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6 Dicas para fazer a abertura de uma empresa e ter seu negócio ainda em 2022!

Tempo estimado de leitura: 12 minutos

14/04/2022

Quem quer fazer a abertura de uma empresa ainda em 2022 precisa entender como funciona o procedimento.

6 Dicas para fazer a abertura de uma empresa e ter seu negócio ainda em 2022

No último quadrimestre de 2021, o Brasil registrou o maior número de aberturas de empresa em 4 meses. E em 2022 o movimento tende a se manter. Esse aquecimento na área de empreendedorismo é importante para os empresários e para o país.

Contudo, quem deseja empreender precisa conhecer o processo e os detalhes por trás da abertura de uma empresa. Assim, é fundamental conferir dicas para que o início do negócio aconteça de forma correta e com condições que viabilizem a sua continuidade no mercado.

Quer saber mais sobre o assunto? Então conheça 6 dicas para fazer a abertura de sua empresa ainda em 2022!

6 Dicas para fazer a abertura de uma empresa e ter seu negócio em 2022!

O procedimento para abertura de empresa pode ser bastante burocrático. Afinal, ele costuma exigir uma série de obrigações para o empreendedor — mas há alternativas para facilitá-lo. Além disso, ter um planejamento bem estruturado ajuda a agilizar o processo.

Por isso, a seguir você conhecerá 6 dicas para fazer a abertura de sua empresa em 2022 com mais tranquilidade. Confira:

1. Estude o mercado

A primeira dica para abertura de empresa em 2022 é estudar o mercado. Durante os últimos anos, muitas oportunidades têm aparecido para empreendedores. Portanto, você precisa saber em qual nicho pretende abrir o seu negócio e fazer a sua empresa crescer.

Saber como o mercado se comporta de modo geral e em relação ao seu nicho em particular é indispensável. Desse modo, você consegue realizar a abertura do negócio e ter maiores chances de garantir a continuidade empresarial.

Nesse momento, é preciso ter atenção a diversos pontos que devem ser analisados. Avalie, por exemplo, se você deseja prestar serviços ou vender produtos com uma abrangência territorial maior. Para entender melhor, imagine empresas de tecnologia online ou de vendas pela internet.

O mercado local — que abrange o município e locais próximos — pode não ter tanta relevância para elas. Com isso, os empreendedores devem abranger uma área maior na sua pesquisa de mercado. Entender o funcionamento do nicho nacionalmente costuma ser mais interessante nesse caso.

Já se sua empresa tiver um foco mais localizado, como lojas de varejos ou de fornecimento para outras companhias, avaliar o mercado local tende a ser mais relevante. Assim, sua área de abrangência na pesquisa deve ser definida conforme as finalidades do negócio.

A ideia de estudar o mercado é conhecer as suas condições atuais, avaliar as dores ou necessidades do público-alvo e observar a atuação dos seus possíveis concorrentes. Com a ampla concorrência em diversas áreas, destacar-se é essencial para ter sucesso no negócio.

Desse modo, conseguir suprir as necessidades do público oferecendo diferenciais — seja de preços ou serviços — deve ser uma prioridade para a sua empresa. Logo, estude o mercado em que deseja se inserir e busque formas de conquistar os consumidores desde a abertura do negócio.

2. Tenha um planejamento definido

Além de estudar o mercado, uma dica importante para abrir sua empresa em 2022 é ter um planejamento definido. Na verdade, todas as dicas a seguir se baseiam em ter essa organização bem estruturada.

Antes de iniciar os procedimentos para a abertura da empresa, você deve ter todos os pontos relevantes para o funcionamento do negócio delineados. Aqui, é necessário, por exemplo, pensar no orçamento disponível e no capital que será utilizado para o empreendimento.

Lembre-se de que geralmente os negócios demandam um prazo para começar a ter retornos, de modo que os lucros superem o investimento feito. Dessa forma, vale a pena ter um planejamento financeiro que sustente a empresa independentemente da realização das primeiras vendas.

Isso evita que o negócio não tenha um capital de giro para manter suas atividades nos primeiros meses e precise se endividar ou mesmo fechar as portas. Nesse sentido, também é necessário conhecer soluções de crédito benéficas para a companhia.

É comum que os empreendedores imaginem que adquirir crédito é uma forma de se endividar e trazer mais contas para o negócio. No entanto, empréstimos ou antecipação de recebíveis podem ser ótimas soluções para garantir recursos em diversos momentos.

Além de observar a questão monetária, é relevante se planejar para o próprio procedimento de abertura de empresa. Como você verá adiante, há diversos pontos legais e administrativos a considerar para registrar o negócio de acordo com todas as normas vigentes.

3. Saiba qual será o modelo de negócio

Em relação ao planejamento do processo de abertura de empresa, a primeira dica é saber qual é o seu modelo de negócio. Nesse ponto, vale entender que existem diversas formas de explorar uma atividade econômica.

Então você deve definir, previamente, como deseja realizar suas atividades e quais das alternativas disponíveis se enquadram melhor nas suas finalidades.

Uma das possibilidades é o modelo de franqueadores. Na franquia, você adquire um modelo de atividade de uma empresa preestabelecida. Portanto, ela oferecerá todo o know-how e cederá diversas permissões para a execução das atividades do negócio.

Imagine o McDonald’s, por exemplo. Toda a matéria-prima, a forma de trabalho, o modo de atendimento e os conhecimentos básicos e especiais do negócio são cedidos para os franqueados. Isso é feito por meio de um contrato específico para exploração.

Em contrapartida, você deve pagar um valor combinado para exploração daquela atividade. Esse valor é diferente para cada franqueador. Assim, é possível encontrar diversas empresas que oferecem essa possibilidade, em diferentes ramos e com custos variados.

Em outros modelos também haverá regras próprias e formas de exploração que podem ser mais adequadas. Por exemplo, você pode fornecer serviços por assinatura, vendas diretas, optar por um marketplace, vender serviços e cursos etc.

Ao analisar todas as opções, você pode definir qual será o seu modelo de negócio. A partir disso, é possível ter um planejamento financeiro e estrutural mais assertivo, de acordo com as características de cada modalidade.

4. Defina o seu tipo empresarial

Outra dica central sobre o procedimento para abertura de empresa diz respeito ao tipo empresarial. Ele se refere ao porte da companhia segundo a legislação empresarial e as regras que envolvem esse tema.

Para empresas no começo das atividades, é comum escolher entre Microempreendedor Individual (MEI), Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP).

Conheça as principais características de cada uma:

MEI

O Microempreendedor Individual, na verdade, não é uma forma de sociedade. Isso acontece porque, como o próprio nome sugere, esse tipo de empresa é formado por apenas uma pessoa que presta serviços ou vende produtos.

Ele foi criado pelo Governo Federal em 2008 como uma forma de desburocratizar e trazer mais facilidades para as pessoas que queriam atuar como Pessoas Jurídicas (tendo, assim, um CNPJ), proporcionando menos encargos.

Vale destacar que existem benefícios importantes nessa modalidade. Por exemplo, os tributos são unificados em uma guia — o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). Já a alíquota do recolhimento de INSS é mais baixa para o empreendedor;

Contudo, existem requisitos que devem ser cumpridos para se enquadrar como MEI. Primeiro, o faturamento bruto anual da empresa não pode ser superior a R$ 81 mil, conforme regras de 2022 — mas isso pode mudar com novas leis sobre o tema.

Além disso, há diversas atividades empresariais que não podem ser incluídas como MEI. Entre elas estão aquelas exclusivamente intelectuais e as que são regulamentadas por códigos próprios, como advogados e médicos.

Por fim, não é possível incluir sócios na empresa, além de só ser permitida a contratação de um empregado regido pela CLT. Então o modelo MEI pode trazer restrições para quem deseja ter um negócio de maior porte.

ME

Já o tipo empresarial Microempresa é voltado para as empresas com um faturamento bruto de até R$ 360 mil ao ano. Além disso, elas podem ter mais sócios e contratar funcionários com carteira assinada para as atividades do negócio.

As MEs também podem aderir ao Simples Nacional, um regime de tributação que inclui todos os impostos em um único pagamento, o DAS. Por isso, quem quer ter uma empresa com um porte superior ao MEI, contratar funcionários e ter sócios, pode se interessar pela ME.

Mas é importante ficar atento ao enquadramento de porte do negócio. Diferentemente do que acontece com MEI, na ME não existe a redução de recolhimento previdenciário para o empreendedor.

Portanto, há encargos que devem ser considerados durante o seu planejamento. Vale ressaltar que há chances de mudar o enquadramento no decorrer do negócio, então você pode começar como MEI e fazer a troca para ME — caso seja necessário e viável para o empreendimento.

EPP

As Empresas de Pequeno Porte foram criadas pela Lei do Simples Nacional de 2006, de modo que todas as garantias relacionadas a ele se aplicam às EPPs. Dessa maneira, elas também podem optar por esse regime tributário e ter o pagamento de impostos facilitado e desburocratizado.

Para se enquadrar nesse tipo empresarial, o faturamento bruto anual deve ser entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões. Além disso, para as empresas de comércio ou serviço, é preciso ter entre 10 e 49 funcionários. Já para a indústria e construção, o limite é de 20 a 99 empregados.

5. Entenda como funcionam os regimes tributários

Além de escolher o tipo empresarial que a empresa deve adotar, conforme as finalidades e expectativas, é preciso entender os regimes tributários. Como você viu, eles dizem respeito às regras que as empresas precisam seguir para apurar tributos devidos ao Estado.

Nesse sentido, existem três grandes grupos: o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real. Veja como cada um deles funciona:

Simples Nacional

Um dos regimes tributários que você já conhece é o Simples Nacional. Ele pode ser utilizado por MEs, EPPs e MEIs. Como visto, uma das particularidades desse modelo é a simplificação da arrecadação de impostos pelas empresas.

Então, com apenas um documento — o DAS — o empreendedor recolhe oito tributos diferentes, sejam eles municipais, estaduais ou federais. Porém, só podem ser optantes desse regime as empresas que faturam até R$ 4,8 milhões.

Ainda, o Simples Nacional garante um pagamento de impostos com alíquotas diferenciadas conforme uma tabela própria. Os valores dependem de vários fatores da empresa, como enquadramento, faturamento, entre outros.

Lucro Presumido

Outro regime que pode ser adequado à empresa é o Lucro Presumido. Nesse caso, podem adotar essa modalidade as companhias que faturam até R$ 78 milhões ao ano. Contudo, ela não terá os benefícios do Simples Nacional.

A ideia é que empresas de maior porte já tenham setores e profissionais experientes para executar todos os procedimentos fiscais burocráticos. Nesse sentido, há o pagamento dos seguintes tributos por guias próprias:

  • Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ);
  • Contribuição Sobre o Lucro Líquido (CSLL);
  • Programa de Integração Social (PIS);
  • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
  • Imposto Sobre Serviços (ISS).

Esse regime é chamado Lucro Presumido porque os tributos (IRPJ e CSLL) utilizam como base de cálculo uma faixa de lucro com alíquota predeterminada. Ela varia conforme o setor em que a empresa está inserida e é aplicada sobre o faturamento total.

Logo, não se utiliza o lucro real apurado, mas sim faixas de lucro presumido conforme regras previamente delimitadas pela legislação.

Lucro Real

Outra alternativa de regime tributário é chamada de Lucro Real. Ele funciona da mesma maneira que o Lucro Presumido em relação às obrigações tributárias. Dessa forma, todos os tributos são pagos por meio de guias próprias conforme seus prazos de vencimento.

No entanto, a base de cálculo considera o lucro real que a empresa recebeu durante o período. Por isso, tanto o IRPJ quanto o CSLL terão suas alíquotas calculadas sobre o lucro que a empresa realmente recebeu. 

Então é fundamental ter todo o balanço financeiro organizado para que o lucro seja calculado conforme a realidade do negócio. Para determinar se essa alternativa é mais viável que o Lucro Presumido, é preciso realizar um estudo tributário na empresa.

Mas é preciso ficar atento: para empresas com um faturamento superior a R$ 78 milhões por ano, o regime de Lucro Real é obrigatório.

6. Tenha ajuda profissional para elaborar o contrato social da empresa

Por fim, outra dica relevante para abrir uma empresa é ter ajuda profissional na hora de elaborar o contrato social do negócio. Esse documento funciona como uma certidão que registra todos os dados básicos do seu empreendimento.

Nele estarão informados quem são os sócios, onde fica a sede, quais são as incumbências de cada sócio, o regime de tributação, a classificação da companhia, entre outras informações. Dessa maneira, todas as regras definidas no planejamento e nas estratégias devem estar presentes no contrato social.

Para evitar problemas e dificuldades, vale a pena contar com profissionais como contadores e advogados para redigir o contrato. Com esse cuidado, você garante que todas as cláusulas estejam de acordo com a lei e respeitem as necessidades da sua empresa.

Agora você já conhece 6 dicas para fazer a abertura da empresa em 2022! Lembre-se de que ainda existem diversos procedimentos administrativos para isso. Então contar com profissionais e parceiros, além de alternativas para captar recursos, é fundamental nessa jornada.

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