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Tendências de compras para a Black Friday

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

21/10/2020
black friday

O Google apresentou as principais tendências de compras para este fim de ano, que se inicia em novembro com a Black Friday.

A primeira grande tendência são as compras on-line, impulsionadas pela pandemia causada pelo novo coronavírus. Segundo a Ebit, que mede a reputação das lojas virtuais por meio de pesquisas com consumidores reais, foram identificados 7,3 milhões de novos consumidores de e-commerce no primeiro semestre de 2020, um crescimento de 38% em relação ao mesmo período do ano passado. Uma outra pesquisa, esta feita pela Ipsos, mostra que 57% dos brasileiros dizem comprar mais on-line agora do que antes da pandemia.

Outra novidade é que o consumidor digital, aquele que já estava habituado a fazer compras on-line mesmo antes do isolamento social, está comprando em lojas virtuais com mais frequência e está mais aberto a experimentar novas categorias de produtos, novas marcas e novas lojas on-line.

Além disso, as buscas por produtos no Google estão maiores e mais diluídas. Em 2019, a semana da Black Friday foi o pico de buscas no Google para 72% das macro categorias do varejo. Em 2020, entre os dias 26 de agosto e 22 de setembro, 19 das 29 categorias analisadas pelo Google registraram um volume de buscas que supera a Black Friday de 2019. Esse crescimento se divide em três tendências:

  • Categorias como Móveis e Decoração, que anualmente registravam o pico histórico de buscas no Google durante a Black Friday, se encontram num patamar acima – 22% e 51% respectivamente – do registrado na Black Friday de 2019;
  • Outros produtos tradicionais da temporada de compras, como TV e Vídeo, Telefonia e Eletrodomésticos, estão num patamar de buscas muito acima do registrado antes da pandemia, ainda que abaixo do pico da Black Friday de 2019;
  • Alimentos e Bebidas, que não registravam picos durante a Black Friday, estão hoje num novo patamar de buscas, 40% e 23% respectivamente acima da Black Friday de 2019.

Lojas on-line precisam ser mais criativas para se diferenciar nesta Black Friday

Está ainda mais difícil para os varejistas se destacarem em meio a tanta concorrência no e-commerce – vale lembrar que, desde o início da pandemia, mais de 135 mil lojas aderiram às vendas online, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). A média mensal antes da pandemia era de 10 mil lojas por mês.

Nesse novo cenário, oferecer bons descontos – ação que era suficiente na Black Friday de 2019 -, hoje é o mínimo esperado pelo consumidor. O preço ainda é o principal critério para os brasileiros no momento de decidir uma compra. As buscas no Google relacionadas a descontos e ofertas cresceram 38% entre abril e julho de 2020 na comparação com o mesmo período no ano passado, enquanto entre janeiro e março as buscas por promoções estavam 28% menores que no primeiro trimestre de 2019.

Importante o comerciante se atentar que, para o consumidor, o conceito de preço é mais amplo e envolve possíveis descontos por meio de cupons ou de cashback. O volume de buscas por cupom é 35 vezes maior que por cashback, mas o interesse por termos relacionados a cashback cresce em um ritmo mais acelerado (74% ano a ano) que o por cupom (+30% ano a ano).

O frete continua sendo uma questão relevante para o consumidor. Durante a pandemia, houve um aumento do interesse pelo termo “frete grátis” nas buscas do Google. Em julho deste ano, o tema já era 118% maior do que no mês da Black Friday de 2019. O termo “frete expresso” também ganhou relevância no período e terá um papel importante na temporada, principalmente no Natal, por conta das compras de última hora.

Google Shopping pode ser usado gratuitamente na Black Friday

Ao mesmo tempo em que divulgou as tendências de compras para este fim de ano, o Google anunciou que, a partir da segunda quinzena de outubro, estará disponível no Brasil a listagem gratuita de produtos na aba do Google Shopping. Na prática, isso significa que quando um consumidor procurar um produto específico, como uma peça de roupa, os resultados da busca exibidos na aba Google Shopping serão, em sua maioria, listagens gratuitas.

Até então, se um e-commerce quisesse mostrar seus produtos na aba do Google Shopping, era preciso fazer o upload das informações por meio da plataforma do Merchant Center e depois veicular as campanhas publicitárias pelo Google Ads. Com a mudança, lojas on-line de todos os tamanhos poderão se conectarem com milhões de brasileiros que usam o Google todos os dias para encontrar produtos, sem custo e independente de anunciarem ou não no Google. A central de ajuda do Google traz mais detalhes sobre como participar da listagem de produtos não paga.