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Previsão de vendas para o Natal 2020

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22/12/2020
Casal fazendo compras de Natal

Em um ano marcado por incertezas, o Natal 2020 também deve sofrer os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus. Dezembro, o mês mais importante para o comércio, deve registrar crescimento de apenas 1% nas vendas em relação a 2019.

A estimativa é da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O dado já leva em conta a volta à fase amarela do Plano São Paulo, anunciada pelo governo estadual no fim de novembro.

De acordo com a instituição, o crescimento poderia ser maior – em cerca de 10% – se a injeção do décimo terceiro salário na economia, em 2020, seguisse os padrões de 2019. Além disso, se o auxílio emergencial do governo federal tivesse mantido seu valor integral de R$ 600 até dezembro.

Famílias vão gastar menos nas compras do Natal 2020

Em 2019, as famílias paulistas gastaram R$ 15,3 bilhões no consumo nessa época do ano. A previsão para o Natal 2020 é que esse montante seja de R$ 10,3 bilhões, uma redução expressiva de 32,4%.

Ainda segundo o levantamento da FecomercioSP, o dado mais surpreendente é que o resultado do comércio paulista em dezembro deve ser encabeçado por duas atividades que normalmente não estão ligadas às compras de Natal:

1) as lojas de materiais de construção – que devem vender 43% a mais neste dezembro do que no mesmo mês do ano passado;

2) as lojas de autopeças e acessórios para veículos (25%).

Os supermercados também devem faturar mais: 15%, resultado que consolida um ano aquecido por causa da quarentena. A porcentagem é a mesma para lojas de móveis e decoração, também impactadas pelo isolamento social.

Já as lojas de roupas e calçados devem vender 37% a menos do que em dezembro de 2019. As concessionárias de veículos, cuja previsão é de queda de 14%.

Na avaliação da FecomercioSP, o crescimento tímido de 1% nas vendas do comércio no Natal 2020 é consequência, principalmente, da tendência das famílias em destinarem menos recursos do décimo terceiro salário para compras.