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Locavorismo: a valorização do comércio local

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

13/10/2020
locavorismo

A valorização do comércio local, principalmente pequenos negócios e pequenos produtores, é um movimento que já vem de algum tempo, tem até nome – locavorismo -, e se intensificou com a pandemia causada pelo novo coronavírus.

O termo locavorismo (no original locavore) foi cunhado pela chef americana Jessica Prentice em 2005 e desde então vem ganhando adeptos mundo afora. Agora, com a pandemia, fala-se que ele ganhou ainda mais peso, já que as pessoas estariam mais preocupadas com a própria saúde e o meio ambiente, além de terem um desejo maior de incentivar o comércio de bairro e o pequeno empreendedor.

Locavorismo favorece o pequeno produtor e o comércio local

O movimento do locavorismo consiste em preferir comprar localmente, do comércio ou de pequenos produtores da região onde se vive, priorizando empreendimentos locais. A ideia nasceu, principalmente, em decorrência de uma preocupação com o meio ambiente, porque comprando localmente evitam-se longos trajetos de transporte, emitindo menos gases de efeito estufa e, portanto, poluindo menos. Além disso, ao comprar alimentos produzidos localmente, o consumidor tem acesso a uma comida com mais nutrientes e frescor.

Depois disso surgiram também outros movimentos relacionados, como “Compre do Pequeno” e “Compre do Local”, que incentivam a compra do comerciante local, em um estímulo à economia da região onde o consumidor mora.

O público que adere ao movimento do locavorismo se chama locávaro, e geralmente são pessoas engajadas no ativismo alimentar e ambiental, buscando práticas mais sustentáveis. Com esse perfil, os locávaros costumam dar preferência aos alimentos orgânicos, que são cultivados sem uso de agrotóxico e, não raro, reduzem o consumo de carne vermelha, que demanda muitos recursos naturais para produção.  

Para atrair o consumidor locávaro, os pequenos negócios podem adotar algumas ações:

  • Os restaurantes podem estabelecer uma rede de fornecedores locais de alimentos frescos e orgânicos;
  • Autônomos que fazem marmitas podem produzi-las com insumos da região;
  • Padarias podem trabalhar com pães artesanais e usar insumos locais sempre que possível, como geleias e queijos feitos por produtores da região.

Independentemente do setor de atuação, pequenos comércios e produtores que queiram vender para os locávaros podem usar as redes sociais para atingir o consumidor. A presença online potencializa as vendas e aumenta as chances de o negócio ser encontrado pelos vizinhos.Tanto nas redes sociais quanto no ponto de venda físico é importante deixar claro para o consumidor os processos da empresa – como ela valoriza o produtor local e os itens da região. Conte a sua história, o locávaro vai gostar de ouvi-la!