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Como separar as contas pessoais das contas da empresa? Confira 6 dicas!

Tempo estimado de leitura: 12 minutos

10/03/2022

Veja 6 dicas para colocar em prática e beneficiar sua vida particular e empresarial!

como separar contas pessoais da empresa

Um dos principais erros cometidos na gestão financeira de um negócio é misturar as contas particulares com as empresariais. Esse cenário torna difícil entender as finanças e há o risco de faltar os recursos necessários para garantir o funcionamento do empreendimento.

Além disso, o empreendedor poderá ter dificuldade em acompanhar o seu faturamento. Assim, ele não saberá se a companhia está lucrando ou se endividando. Para evitar essas e outras situações, é essencial saber como separar as contas pessoais das contas da empresa.

Quer saber como fazer isso? Confira a seguir 6 dicas para organizar os compromissos financeiros e separar os seus custos das contas do seu negócio!

Por que separar as contas pessoais das obrigações da empresa?

Antes de aprender a separar as contas pessoais das contas da empresa, é fundamental entender a importância dessa prática. Com isso, ficará mais fácil adotar hábitos financeiros mais saudáveis, tanto para a sua vida pessoal quanto profissional.

Confira a seguir os principais motivos para fazer essa divisão!

Acompanhar facilmente o fluxo de caixa da empresa

Uma das principais razões para manter as contas pessoais e da companhia separadas é a possibilidade de acompanhar mais facilmente o fluxo de caixa. Afinal, essa prática permite saber realmente o que é seu e o que é do seu negócio sem grandes esforços.

Esse hábito, por sua vez, pode ajudá-lo a entender de onde vem e para onde vai o dinheiro da sua empresa. Assim, caso você identifique gastos desnecessários ou investimentos pouco rentáveis, é possível reestruturar os seus custos e refazer as suas estratégias.

Além disso, quando o empresário conhece com mais precisão todas as movimentações do seu negócio, ele pode tomar decisões mais rápidas. A agilidade nesse processo lhe dará tempo para se dedicar a outras tarefas mais estratégicas para o empreendimento.

Aproveitar as deduções e benefícios fiscais

Além de permitir um melhor acompanhamento do fluxo de caixa da empresa, a separação das contas particulares das empresariais possibilita o aproveitamento de deduções e benefícios fiscais. Ao adotar esse hábito, é possível conhecer melhor suas despesas, receitas e lucros.

A partir disso, você poderá identificar gastos que podem ser deduzidos da base de cálculo de impostos. A boa organização, inclusive, é indispensável nesse ponto. Afinal, as despesas operacionais devem ser comprovadas por meio de documentações para obter eventuais vantagens.

Outro ponto importante a ser ressaltado é que as deduções oferecidas na esfera federal são válidas somente para as organizações que adotam o lucro real como regime tributário. Assim, ao conhecer sua lucratividade, você pode entender se o seu negócio se encaixa nessa categoria.

Proteger seu patrimônio pessoal de ações judiciais

Outro motivo pelo qual vale a pena saber como separar suas contas pessoais dos custos da empresa é a proteção do seu patrimônio particular de ações judiciais. Há casos em que os bens dos sócios não respondem pelas dívidas do negócio, como acontece com as empresas limitadas (LTDA).

Essa separação permite que a pessoa física e a jurídica respondam cada qual pelas obrigações assumidas. Então pode haver a desconsideração da personalidade jurídica quando os sócios são responsáveis pela contração da dívida.

No caso do empresário individual (EI) e do microempreendedor individual (MEI), o sócio paga a dívida da organização. Isso acontece porque a lei entende que a pessoa física se confunde com a personalidade jurídica.

Assim, é importante que você separe os recursos pessoais das empresariais para evitar possíveis prejuízos decorrentes de ações legais — especialmente se você for uma empresa LTDA.

Construir uma imagem profissional

Manter suas contas pessoais separadas da empresa também ajuda a construir uma imagem mais profissional. Ao ter uma conta bancária para a pessoa física e outra para a pessoa jurídica, por exemplo, você tem condições de sinalizar os dados bancários da empresa para os clientes e parceiros comerciais.

Assim, quando você repassar essas informações, o nome da organização aparecerá na plataforma de pagamento que seu cliente utiliza — em vez dos seus dados pessoais. Isso traz uma imagem mais séria e comprometida com o seu negócio, o que pode ajudar a trazer mais credibilidade para a sua companhia.

Ter acesso a melhores linhas de crédito

Outro motivo importante para desvincular suas finanças particulares da empresa é o acesso a melhores linhas de crédito. O uso de uma conta jurídica ajuda a aumentar o score da sua organização — se a empresa honrar com seus compromissos financeiros em dia.

Com uma pontuação forte, é possível obter empréstimos empresariais — que, normalmente, possuem taxas de juros mais baixas na comparação com créditos pessoais. Ademais, ter as finanças organizadas ajuda na avaliação de crédito pela instituição financeira ou fintech.

Assim, há como ter acesso mais fácil a uma solução adequada à sua capacidade de pagamento, como a antecipação de recebíveis. Dessa forma, é possível evitar o superendividamento — o que poderia comprometer a continuidade do negócio.

Tornar a sua contabilidade mais eficiente

A separação entre contas pessoais e empresariais também pode tornar a sua contabilidade mais eficiente. Afinal, todas as movimentações financeiras estarão devidamente desassociadas e organizadas, permitindo acompanhar facilmente as transações comerciais.

Assim, você poderá economizar tempo buscando informações contábeis quando precisar enviá-las ao seu contador, por exemplo. Além disso, o uso de contas separadas ajuda a encaminhar declarações fiscais mais precisas.

Isso acontece porque a facilidade em acessar os registros obrigatórios para a sua contabilidade diminui a possibilidade de você incluir ou excluir documentos. Desse modo, a identificação de deduções e benefícios fiscais é facilitada.

Reduzir o risco de endividamento

Por fim, mais uma vantagem de separar as contas pessoais das despesas da empresa é a oportunidade de reduzir o risco de endividamento. Quando o empresário mistura suas despesas e de sua família com os gastos do seu negócio, se torna muito mais difícil fazer uma gestão financeira eficiente.

Afinal, ele terá dificuldades para entender a real situação do seu empreendimento e poderá não ser capaz de projetar o faturamento nos próximos meses. Dessa forma, será impossível visualizar, por exemplo, a necessidade de capital de giro da empresa — aumentando a chance de endividamento.

No entanto, com uma conta exclusiva para a sua pessoa jurídica, você pode ter um panorama claro e eficiente sobre o seu negócio. Isso permite avaliar corretamente as finanças empresariais, ampliar e antecipar as soluções para eventuais problemas e mitigar uma eventual contração de dívidas.

Como separar as contas pessoais das despesas da empresa com 6 dicas?

Depois de entender por que separar as contas pessoais das contas da empresa é fundamental para o seu negócio, é o momento de aprender como colocar essa dinâmica em prática.

Confira 6 dicas!

1. Analise suas movimentações financeiras

A primeira dica — e talvez a mais importante — é analisar as suas movimentações financeiras. É a partir desse passo que você conseguirá ter clareza de todos os gastos, tanto da sua vida financeira pessoal quanto do seu negócio.

Para isso, reúna todas as informações sobre receitas, despesas, pendências financeiras, investimentos, etc. Você pode obter esses dados por meio de extratos e fatura do cartão de débito e crédito, boletos bancários, notas fiscais, comprovantes de pagamento e anotações do cotidiano.

Depois, é o momento de separar os itens em dois grandes grupos, organizados por categorias: pessoa física e pessoa jurídica. Uma maneira fácil de fazer essa divisão é com uma planilha de controle de gastos.

Para preencher a planilha, na aba de pessoa física, você deve listar gastos como alimentação, moradia, educação e despesas com animal de estimação, por exemplo. Nessa lista também é válido incluir custos envolvendo saúde, transporte, lazer, supermercado e serviços financeiros.

Na aba pessoa jurídica, preencha com todas as receitas e despesas da empresa. Por exemplo, vendas de serviços e produtos, impostos, compras de insumos para fabricação, internet, telefone e locomoção. Não se esqueça de incluir seu pró-labore — sua remuneração pelo trabalho na empresa.

2. Tenha uma conta bancária para cada pessoa

Após analisar as suas movimentações financeiras e separá-las em categorias e subcategorias, é hora de ter uma conta bancária para cada pessoa — física e jurídica. Como você viu, essa é a única maneira de separar, de fato, as suas contas pessoais das contas da empresa.

Para concretizar essa dica, você deve pesquisar as instituições financeiras que oferecem essas modalidades de conta. Caso já tenha um bom relacionamento com determinado banco, talvez seja interessante estender o vínculo — especialmente se conseguir obter vantagens.

Mas, antes de escolher, conheça bem as suas necessidades, já que o consumo de serviços bancários pode envolver o pagamento de taxas. Nesse sentido, uma opção a ser considerada são as instituições financeiras e fintechs online, que costumam oferecer soluções gratuitas ou com menos custos.

3. Defina o valor da sua remuneração

Quando as contas pessoais e empresariais estão juntas, o empreendedor normalmente utiliza o dinheiro que entra no caixa da sua companhia para pagar seus compromissos pessoais. Se não há limite determinado para essa retirada, o capital de giro do negócio pode ficar comprometido.

Essa situação pode trazer diversas consequências negativas para o seu empreendimento — como falhas nas operações rotineiras. Afinal, o montante do caixa serve para o negócio continuar funcionando regularmente até o recebimento das vendas.

Para evitar problemas, é importante definir o valor da sua remuneração mensal. A determinação dessa quantia pode variar conforme os critérios adotados. Você pode, por exemplo, considerar os seus gastos pessoais e a disponibilidade financeira do negócio.

Também é fundamental considerar a média salarial de um trabalhador que exerça as mesmas funções que você. Além de definir um valor para o seu ganho mensal, é possível estipular uma bonificação para receber quando a empresa atingir bons resultados.

4. Faça um diagnóstico financeiro

Depois de saber como separar as contas pessoais das contas da sua empresa, é válido aprender a fazer uma boa gestão financeira. Por essa razão, a partir deste momento, você verá dicas de como ter um controle mais assertivo das suas finanças individuais e empresariais.

O primeiro passo é fazer um diagnóstico das entradas e saídas tanto da pessoa física quanto da pessoa jurídica. Então anote todas as movimentações financeiras das duas pessoas e, em seguida, analise essas informações.

Ao fazer isso, você pode entender o nível de comprometimento dos seus ganhos. Assim, é possível ter ideia do quanto sobra no final de cada mês. Caso o saldo esteja negativo, se torna prioridade adotar medidas para reverter a situação —como buscar soluções de crédito para a empresa.

Outra ação importante é analisar quais gastos consomem boa parte dos seus rendimentos. Dessa forma, há como saber quais são as despesas podem ser reduzidas, de modo a otimizar os seus recursos financeiros.

5. Otimize o controle financeiro

Mais uma dica essencial para ter uma boa gestão financeira é otimizar o controle das finanças. Com todos os registros, se torna viável perceber se o planejamento financeiro pessoal e empresarial foi cumprido ou se há a necessidade de redesenhar novas estratégias.

Para colocar o plano em prática depois de entender sua realidade financeira, você deve estabelecer suas prioridades. Afinal, elas orientarão suas próximas ações — sejam elas pessoais ou empresariais, como comprar um carro, abrir uma nova loja, etc.

Após o estabelecimento dos seus objetivos financeiros pessoais e empresariais, você deve definir metas e prazos para alcançá-los. Isso permitirá saber qual deve ser a quantia a ser investida mensalmente para atingir os resultados esperados.

Em seguida, monte um planejamento financeiro baseado nesses dados e registre todas as movimentações. Assim, você terá maior clareza sobre as entradas e saídas — melhorando seu controle financeiro pessoal e empresarial e viabilizando a concretização dos objetivos estabelecidos.

6. Monte reservas pessoais e para a empresa

Uma boa gestão financeira também envolve a sua capacidade de manter-se em funcionamento em tempos difíceis. Para isso, é fundamental montar reservas de emergência — para pessoa física e para pessoa jurídica.

Nesse momento, o primeiro passo para montar as suas reservas já foi dado: entender o quanto você e sua empresa gastam. Depois, é preciso definir o valor a ser poupado. O ideal é que o montante de emergência seja o equivalente a, pelo menos, 6 meses dos seus custos mensais.

Na sequência, vale identificar se há margem no seu planejamento financeiro para poupar mensalmente e começar o fundo de emergência pessoal e empresarial. Caso sua resposta seja negativa, é importante descobrir como economizar ou aumentar o lucro para conseguir poupar.

Agora você já sabe como separar as contas pessoais das contas da empresa com essas 6 dicas. Então não perca tempo e comece agora mesmo a adotar esses hábitos — aproveitando os benefícios que eles podem trazer para a sua vida particular e empresarial.

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