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Brasileiros estão satisfeitos com o home office, segundo pesquisa

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17/08/2020
home office

Durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, muitos brasileiros tiveram que adotar o home office – e, ao que parece, o pessoal está gostando do teletrabalho.

Uma pesquisa feita pela marca de benefícios Ticket com 3,5 mil pessoas mostrou que entre os 71% que se declararam em home office, 64% consideram-se completamente satisfeitos e 53%, completamente adaptados à nova experiência.

Quando questionados sobre o grau de satisfação, 79% dos entrevistados relataram estar completamente ou muito satisfeitos em relação à experiência com o home office. As mulheres, por sua vez, apresentam um grau de satisfação bastante superior ao dos homens em relação ao teletrabalho: 82% das respondentes estão completamente satisfeitas ou muito satisfeitas com o home office, enquanto entre os homens o índice é de 76%.

Sobre a adaptação ao modelo home office, a maioria já está adaptada, enquanto 33% disseram estar em adaptação e 14% revelaram que ainda não se adaptaram ao teletrabalho. Nesse aspecto, há diferença entre as respostas de homens e mulheres, mas menos significativa.

Entre as mulheres que estão fazendo o trabalho a distância, 54% declararam ter a sensação de completa adaptação ao sistema; 34% estão em processo de adequação; e 12% não se adaptaram até o momento. Entre os homens, 52% informaram estar completamente adaptados ao trabalho remoto; 32% estão em adaptação; e 16% ainda não se sentem adaptados.

O home office é uma novidade para 40% das pessoas consultadas, que informaram estar em sua primeira experiência de trabalho remoto.

O home office veio para ficar?

Algumas empresas ampliaram o home office até o fim do ano e outras já anunciaram que vão adotar o trabalho remoto de forma permanente. É o caso de multinacionais como Facebook e Twitter, mas também de empresas brasileiras, inclusive startups, como a Zee Dog e a XP Investimentos.

Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que a migração do trabalho presencial para o home office poderá ser adotada em 22,7% das ocupações no Brasil, alcançando mais de 20 milhões de pessoas. Isso colocaria o país na 45ª posição mundial e no 2º lugar no ranking de trabalho remoto na América Latina.

Um outro levantamento, feito pelo coordenador do MBA em Marketing e Inteligência de Negócios Digitais da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Miceli, mostra que o home office deve crescer 30% após a crise do coronavírus. Segundo ele, o home office já se mostrou efetivo. Além disso, tira carros da rua, desafoga o transporte público, mobiliza a economia de outra forma e permite que as pessoas tenham mais tempo para cuidar da saúde delas e usufruir de coisas que lhes dão prazer. Será que o teletrabalho veio para ficar?